Ao mesmo assunto e na mesma ocasião
"Pequei Senhor; mas não porque hei pecado,
da vossa alta clemência me despido;
porque, quanto mais tenho delinqüido,
vos tenho a perdoar mais empenhado.
Se basta a vos irar tanto pecado,
a abrandar-vos sobeja um só gemido:
que a mesma culpa, que vos há ofendido
vos tem para o perdão lisonjeado.
Se uma ovelha perdida, e já cobrada
glória tal e prazer tão repentino
vos deu, como afirmais na sacra história,
Eu sou Senhor, a ovelha desgarrada,
cobrai-a; e não queirais, pastor divino,
perder na vossa ovelha, a vossa glória."
- Gregório de Matos
Creio eu que a mensagem que Gregório quis passar através deste poema, é que nós somos pecadores e erramos, não porque existe pecado, mas sim pelo fato de não sermos perfeitos. Gregório também acredita que é no erro que você encontra o perdão de Deus, pois quando há um compromisso com o Senhor, queremos agradar a ele. O mesmo pecado que traz desonra e angústia a ele, traz a salvação e um perdão grandioso. Gregório assume que é uma “ovelha perdida” pelo fato de ter pecado perante aos olhos do senhor, mas afirma que Deus não quer perdê-lo pelo simples fato de que mesmo sendo um pecador, ele é uma ovelha querida e amada. “Eu sou Senhor, a ovelha desgarrada, cobrai-a; e não queirais, pastor divino, perder na vossa ovelha, a vossa glória.” O perdão pelo pecado cometido é tão grande que lhe deixa envergonhado. “[...] que a mesma culpa, que vos há ofendido vos tem para o perdão lisonjeado.”
Eu, Letícia, também acredito que o perdão de Deus é tão grande que acaba nos deixando envergonhados!
- Letícia Gomes
- Letícia Gomes
Gostei muito do texto de análise da aluna Letícia Gomes, gostei muito do texto em si, da forma em que ela interpreta o poema, teve ótima utilização de pontos e vírgulas, e oque achei mais interessante é, que além da análise, a aluna trouxe a sua opinião em relação à crença de Gregório, e oque ele quis dizer com cada parte do poema.
ResponderExcluirAcredito que o objetivo de Gregório ao escrever esse poema foi bem parecido com a análise que a Letícia fez sobre ele. Gostei bastante das palavras utilizadas e da clareza desta análise, na qual podemos entender perfeitamente o que a Letícia achou sobre o poema. Além disso, ela mostra sua opinião sobre o tema abordado, no qual achei muito interessante.
ResponderExcluirAdorei a forma com a qual a Letícia optou por fazer a análise. Ela foi bem direta ao expressar sua opinião em relação ao poema de Gregório, o que fez de sua análise fascinante! Sem falar da ortografia, que é um ponto primordial e bastante significativo. Estava impecável, fazendo com que desse um super diferencial na hora da leitura e do entendimento da análise.
ResponderExcluirA forma que a Letícia fez a análise, me impressionou muito. Foi direta e clara, nos fazendo ter maior facilidade de entender a intenção do autor ao escrever o poema. Um aspecto muito importante em que reparei, é sua ortografia e a forma como organizou sua postagem. Mostrou sua opinião sobre o tema sem ofender aos demais. Sua analogia foi impecável, me fez entender o porque o texto de Gregório é barroco e não outro movimento literário. Sua análise está bastante esmerada. É perceptível que foi zelosa e atenciosa ao fazer sua postagem. Está de parabéns!
ResponderExcluirO que mais admiro nesse autor é o modo como ele trabalha em torno de três eixos temáticos: a poesia religiosa, a poesia lírica e a poesia satírica. É um orgulho te-lo como artista nacional desse grande movimento que é o barroco brasileiro, tanto como movimento artístico quanto movimento literário.
ResponderExcluirLetícia apresentou uma análise interessante, interpretando o poema e , além disso, expondo sua opinião, o arranjamento das palavras estava magnífico. Simples, claro e direto.
ResponderExcluirEste poema é mesmo fascinante. Vocês saberiam explicar quais são as características barrocas presentes nele?
ResponderExcluir1) Conflito entre corpo e alma
ResponderExcluir2) Há utilização de antíteses, paradoxos e inversões.
Na verdade, o poema tem um caráter muito mais cáustico que o descrito. Gregório de Matos é muito ferino nas suas críticas, por isso era conhecido como Boca do Inferno. Nesse poema ele está na verdade chantageando Deus. Isso fica mais claro no poema A S.N. Crucificado Estando O Poeta na Ultima Hora de Sua Vida. (O didascalho Ao Mesmo Assunto E Na Mesma Ocasiao é uma "continuação" desse que eu citei)
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