"Olha, Marília, as flautas dos pastores
Que bem que soam como estão cadentes!
Olha o Tejo a sorrir-se! Olha, não sentes
Os Zéfiros brincar por entre as flores?
Vê como ali beijando-se os Amores
Incitam nossos ósculos ardentes!
Ei-las de planta em planta as inocentes,
As vagas borboletas de mil cores.
Naquele arbusto o rouxinol suspira,
Ora nas folhas a abelhinha pára,
Ora nos ares sussurrando gira.
Que alegre campo! Que manhã tão clara!
Mas ah! Tudo o que vês, se eu não te vira,
Mais tristeza que a noite me causara."
ANÁLISE:
Nesse poema, pode perceber características bem marcantes do arcadismo, como a busca pelos valores da natureza, referências à terra e ao mundo natural, estado de espírito de espontaneidade dos sentimentos e exaltação da pureza, da ingenuidade e da beleza
No trecho abaixo, nota-se o nativismo, que são referências à terra e ao mundo natural:
Que bem que soam como estão cadentes!
Olha o Tejo a sorrir-se! Olha, não sentes
Os Zéfiros brincar por entre as flores?
Vê como ali beijando-se os Amores
Incitam nossos ósculos ardentes!
Ei-las de planta em planta as inocentes,
As vagas borboletas de mil cores.
Naquele arbusto o rouxinol suspira,
Ora nas folhas a abelhinha pára,
Ora nos ares sussurrando gira.
Que alegre campo! Que manhã tão clara!
Mas ah! Tudo o que vês, se eu não te vira,
Mais tristeza que a noite me causara."
ANÁLISE:
Nesse poema, pode perceber características bem marcantes do arcadismo, como a busca pelos valores da natureza, referências à terra e ao mundo natural, estado de espírito de espontaneidade dos sentimentos e exaltação da pureza, da ingenuidade e da beleza
No trecho abaixo, nota-se o nativismo, que são referências à terra e ao mundo natural:
“Naquele arbusto o rouxinol suspira,
Ora nas folhas a abelhinha pára,
Ora nos ares sussurrando gira.”
Este é um dos poemas líricos mais conhecidos do poeta português Manuel Maria Barbosa Du Bocage. A natureza serve de cenário para o acontecimento sentimental: “Olha o Tejo a sorrir-se! Olha: não sentes”.
ResponderExcluirO amor neste poema está alegre, o eu-lírico está satisfeito em amar Marília e deseja aproveitar a manhã com ela. É um convite, mas também uma ilustração: “Ei-las de planta em planta as inocentes/As vagas borboletas de mil cores!”O poema é arrumado em soneto, marcado pelas regras: catorze versos distribuídos em dois quartetos e dois tercetos. Esse rigor sempre exige do poeta uma certa habilidade literária.
Apresenta características marcantes presente do arcadismo: bucolismo: busca pelos valores da natureza;
nativismo: referências à terra e ao mundo natural.
A aluna fez uma ótima análise, demonstrando características presentes no poema. Está de parabéns
Neste poema é importante destacar aspectos da estética Árcade, já que o autor retornou aos modelos clássicos, ou seja, o poema transmite a ideia de arte como uma cópia da natureza refletida através da tradição clássica. Na primeira estrofe nota-se a valorização da vida no campo (bucolismo), pois a amada é convidada a admirar as coisas simples ao seu redor, voltando-se para uma vida simples e pastoril. Na segunda estrofe nota-se a idealização da mulher amada, outro aspecto muito importante na estética Árcade, pois na intenção de aproveitar o tempo “Carpe diem”, o pastor insinua que os beijos de outros amores incentivam os beijos dele com a mulher amada, principalmente naquele momento, já que aquela paisagem tão inocente e que transmite paz é propicia para este beijo.
ResponderExcluirEste é um poema lírico que explora o tema do amor, por isso podemos chamá-lo de lírico-amoroso. Nele, o poeta se dirige à sua pastora (Marília) com carinho e muito contentamento, e se declara feliz por tê-la como sua amada. O poema reflete as características do Arcadismo quando retrata a natureza e mostra o poeta alegre, otimista, racional e equilibrado, porque vive no campo. Quando o poeta faz referência à mitologia (Zéfiros) da Antiguidade e aos pastores, ele reflete ligação com o Neoclassicismo, ou seja, com a cultura greco-latina.
ResponderExcluirNeste poema, podemos ver claramente as principais características de uma obra árcade, que é a busca e saudade pela vida simples, vida no campo; a exaltação da natureza; e a idealização e o desejo pela mulher amada.
ResponderExcluirO trecho que o autor menciona a natureza é: "Naquele arbusto o rouxinol suspira, ora nas folhas a abelhinha pára, ora nos ares sussurrando gira".
Segundo este eu-lírico, tudo de encantador e de beleza que a natureza tem, não teria o mesmo valor sem a sua amada: “Que alegre campo! Que manhã tão clara! Mas ah! Tudo o que vês, se eu não te vira, Mais tristeza que a morte me causara”.
O poema traz diversas características do arcadismo como a exaltação da vida no campo, o desejo a mulher amada, a beleza do mundo natural.
ResponderExcluirObservamos claramente a exaltação da natureza e da mulher amada pelo autor, podemos ver também o uso de linguagem simples e a presença do nativismo como já disse a aluna em sua análise.
ResponderExcluirObservamos claramente a exaltação da natureza e da mulher amada pelo autor, podemos ver também o uso de linguagem simples e a presença do nativismo como já disse a aluna em sua análise.
ResponderExcluirGostei bastante, pessoal.
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