segunda-feira, 10 de outubro de 2016
Análise do soneto "Amor Fiel" de Gregório de Matos
Amor Fiel
“ Ó tu do meu amor fiel traslado
Mariposa entre as chamas consumida,
Pois se à força do ardor perdes a vida,
A violência do fogo me há prostrado.
Tu de amante o teu fim hás encontrado,
Essa flama girando apetecida;
Eu girando uma penha endurecida,
No fogo que exalou, morro abrasado.
Ambos de firmes anelando chamas,
Tu a vida deixas, eu a morte imploro
Nas constâncias iguais, iguais nas chamas.
Mas ai! que a diferença entre nós choro,
Pois acabando tu ao fogo, que amas,
Eu morro, sem chegar à luz, que adoro.”
-Gregório de Matos
Gregório de Matos, sempre opta por, através da contradição, evidenciar em seus poemas a importância pessoal das coisas. É dessa forma que ele costuma analisar as características do estilo barroco. No soneto acima, o amor (neste caso concebido e perdido) é comparado à morte da amada, como se fosse uma oposição entre a luz (amor) e a escuridão (morte). Veja que a morte da amada está em um sentido figurado, o que significa que a amada entregou-se a outro amor, outro fogo, é isto que o poeta considera como morte. Vida, para o poeta, é o amor que ele próprio sente. E ainda neste soneto podemos encontrar metáforas que são frequentes na poesia barroca. (“Fogo” para o amor e “Luz” para a amada).
-Allayne Souza
Referência:https://www.mensagenscomamor.com/poemas-gregorio-de-matos
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Nesse Soneto podemos observar a presença de contradição de Gregório, que no Barroco é bastante usado, podemos observar também a presença do conceptismo e do cultismo, que resumidamente se consiste em exagero em suas palavras e falta de clareza em suas frase. Acho que a aluna poderia ter falado mas de suas próprias visões no trabalho e também destacar algumas características barrocas em suas análises.
ResponderExcluirconceptismo é usado somente para PROZA, poesia só tem o cultismo.
ExcluirGregório de Matos, no seu dualismo antagônico, sempre tende, através da contradição, expor em sues poemas a importância pessoal das coisas. Para ele, o amor é mais realçante ao lado do ódio, o frio é mais realçante ao lado do calor e assim por diante.
ResponderExcluirÉ observado também o uso do cultismo e conceptismo, aonde vemos o exagero nas palavras e falta de clareza contida nas suas frases.
O texto contém bastantes palavras em sentido figurado, como: morte, fogo etc.
Allayne fez uma ótima análise, mas podendo melhorar em demonstrar um pouco a sua opinião sobre e destacar características barrocas presentes no texto
Podemos observar claramente o uso de metáforas neste soneto e também um amor incondicional de um homem por uma mulher, que prefere morrer do que ficar sem sua amada. Não podemos deixar de elogiar Gregório pelo seu belíssimo poema, mas tenho que confessar que foi muito difícil chegar em uma análise mesmo tendo pesquisado sobre o assunto. Como o Aleksandher escreveu, a Allayne poderia ter nos ajudado um pouco mais em sua análise, mostrando seu ponto de vista ou esclarecendo um pouco mais, no entanto, compreendo o grau de dificuldade deste soneto.
ResponderExcluirNeste soneto, Gregório de Matos usa muitas metáforas como: fogo, luz, morte, etc.
ResponderExcluirPodemos observar também que ele vive em uma busca intensa por amor e logo após conquista-lo, ele o perde. Ao decorrer do soneto, o autor deseja sua própria morte, pois perdeu sua amada e não quer viver sem ela.
Como dito por Aleksandher e Layanne, a aluna Allayne poderia ter nos ajudado um pouco mais com sua análise, mostrando melhor o seu ponto de vista. O poema é muito lindo e foi um pouco complicado entendê-lo, mas Allayne está de parabéns pela escolha.
Gregório utilizou metáforas de forma explícita em seu soneto, a análise foi um pouco superficial e, portanto, não ficou muito clara sua ideia. Eu entendi que ela quis intercalar as contradições e explicar a relação entre elas, fora isso, a análise foi correta, linguagem perfeita.
ResponderExcluirNo trecho " “ Ó tu do meu amor fiel traslado
ResponderExcluirMariposa entre as chamas consumida,
Pois se à força do ardor perdes a vida,
A violência do fogo me há prostrado. " dá para analisar um jogo de palavra muito bem escrito e essa característica é bem presente no movimento barroco.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirAleksandher e Maria Fernanda disseram que o cultismo e o conceptismo consistem no "exagero em suas palavras e falta de clareza em suas frases." É isso mesmo, gente? Acho que vocês precisam pesquisar melhor o que significa cultismo e conceptismo.
ResponderExcluirAlém disso, quase todos os alunos comentaram que a análise deixou a desejar. Pessoal, fazer um comentário assim não ajuda em nada o grupo de vocês. Vocês devem ajudar uns aos outros. Portanto, se perceberam que faltou algo, vocês têm duas opções: 1) Pedir ao aluno que complete. 2) Usar o espaço do comentário para você mesmo completar a análise.
Obs.: cuidado com o uso da palavra "aonde". Já expliquei isso em sala de aula.
Acho que podemos dizer que há a presença do cultismo devido a linguagem rebuscada e todas as metáforas como comparar o amor ao fogo e a mariposa a ele que se atrai pelo fogo. Já a tendência ao conceptismo percebemos por toda a análise que ele faz a respeito do amor, toda a explicação e etc.
ResponderExcluirO cultismo é descritivo e retórico, o conceptismo é analítico, lógico.
Bem eu acho kk espero ter entendido e ajudado. ^^
No poema percebemos que ele se compara a mariposa, ele está na mesma situação que ela.
ResponderExcluirA mariposa atraída pelo fogo e ele atraído pelo amor. E no final como ponto crucial ele fala a diferença entre ele e a mariposa: ela morre quando entra no fogo, que ela ama, ela alcança o fogo e morre, ele morré sem alcança a amada dele, sem chegar a "luz" que é a amada.